top of page

Resumos

Mário Avelar

CEAUL/ ULICES

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Uma Abelha na Chuva, de Fernando Lopes: uma imersão visual na poética de Carlos de Oliveira

Tomando como leitmotiv um eventual diálogo entre um plano de O deserto vermelho, de Michelangelo Antonioni, e um quadro de Mark Rothko, observaremos o modo como, em Uma abelha na chuva, Fernando Lopes concebe uma estética de deslocalização do olhar para as margens da narrativa através do tratamento dos enquadramentos, naquele que poderá ser considerado um processo de abstracção.

______________________________________________________

Osvaldo Manuel Silvestre

Centro de Literatura Portuguesa

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Chris Marker por Carlos de Oliveira

A palestra consiste na tentativa de estabelecer uma relação produtiva entre o cinema da memória do realizador francês Chris Marker (1921-2012) e a obra tardia de Carlos de Oliveira. Mais proximamente, entre o filme de culto de Marker, La Jetée (O Pontão, 1962), e a última secção da obra de Oliveira, aquela que o autor escreve ou reescreve em torno do projeto de longa duração que é Finisterra. Paisagem e Povoamento, finalmente editado em 1978. Trata-se de revisitar o trabalho da memória e a luta pela preservação de algumas imagens dela, fixas ou problematicamente animadas.

O filme de Marker pode ser visto aqui, com legendas em inglês: https://vimeo.com/502812461

Ou aqui, com legendas em espanhol: https://vimeo.com/416377629

______________________________________________________

Paula Morão

Centro de Estudos Comparatistas

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

 

Carlos de Oliveira (1921-1981) - Poética e reescrita

Entre 1942 e 1979, Carlos de Oliveira publica uma obra repartida entre a poesia, a ficção narrativa e o ensaio. Cada uma destas obras conhece reescritas, que são mais do que meros acertos ou ocasionais correcções. No centro de tudo está a escrita – o trabalho poético, expressão de que se serve para a recolha da obra em 1976. Nesta ocasião ilustrar-se-ão esses processos de escrita, usando exemplos de manuscritos e de versões de um mesmo texto poético ou ficcional, e ainda excertos dos ensaios meta-poéticos reunidos em 1971 (acrescentados e revistos na edição de 1979) sob o título O Aprendiz de Feiticeiro. Procurar-se-á mostrar que a escrita é, ela mesma, uma questão de poética.

* A autora não usa o chamado Acordo Ortográfico.

bottom of page